BURKE, Peter. A Escola dos Annales (1929-1989/0: a Revolução Francesa da Historiografia. São Paulo: Fundação Editora da UNESP. Tradução Nilo Odalia
Peter Burke escreveu o livro A escola dos Annales (1929-1989): a Revolução Francesa da Historiografia, que teve a tradução feita pelo Nilo Odalia, que foi editada pela Fundação Editora da UNESP. Peter Burke é um historiador inglês, nascido em Stanmore, fez doutorado na Universidade de Oxford, vive em Cambridge juntamente com a historiadora brasileira Maria Lúcia Pallares. Burke, discípulo de Chaunú, que o introduziu ao mundo dos Annales. Peter Burke já publicou mais de Juntas obras de 1978 até hoje.
Peter Burke trata em seu livro, que a escola dos Annales foi criado por um grupo de historiadores que teve como líderes Lucien Febvre e Marc Bloch, que tinham opiniões diferentes da historiografia tradicional (século XIX), do jeito que esse conhecimento era criado e passado, fazendo então a valorização do sujeito histórico, ou seja, o historiador. O livro também fala sobre a interdisciplinaridade com outras matérias, como a geografia, filosofia e etc. O autor começa sua obra com criticas a historiografia do século XIX, depois ele conta como foi a fundação da revista que depois originou a primeira escola dos Annales com Febvre e Marc Bloch, depois a segunda geração com Braudel e a terceira geração com um novo grupo de historiadores, mas essa geração diferentes de outras incluía mulheres ao seu grupo, o autor procura mostrar que após a Annales ouve uma revolução historiográfica, tendo assim uma visão mais critica.
Burke faz a analise do primeiro capitulo contando que a problemática do livro em ordem cronológica, partindo da historiografia tradicional (XIX) até o aparecimento das criticas desse tipo de historiografia no século XX. No segundo capitulo o autor conta como os fundadores Lucien Febvre e Marc Bloch se conheceram. Faz um breve relato da vida de cada um e suas obras, como foi a idéia e a fundação da revista Annales d’historie economique et sociale. No próximo capitulo, o autor destaca a figura de Braudel, contando um pouco sobre sua vida e obra e como foi a sua entrada ao grupo dos Annales. No capitulo seguintes Burke conta o que é a terceira geração aos Annales.
“O problema está em que é mais difícil traçar o perfil da terceira geração do que das duas anteriores. Ninguém neste período dominou o grupo como o fizeram Febvre e Braudel” (pp 56) E por fim como o próprio titulo do capitulo.
“Os Annales numa perspectiva global” (pp 77) o autor propõe uma visão global do que é os Annales e suas influências na nova historiografia. O livro traz ainda o glossário que facilita o entendimento da linguagem dos Annales, e uma bibliografia bem extensa.
O livro começa com uma breve apresentação, mostrando os principais fundadores do Annales Marc Bloch e Lucien Febvre, e explica que a partir de uma obra pessoal bem significativa para ambos, tiveram a vontade de fundarem uma revista, que teve por maior motivo o enriquecimento da história, e a interdisciplinaridade com outras ciências. Em seguida o prefácio diz que essa revolução da historiografia aconteceu na França, que surgiu com um grupo que se denominou de Annales, que depois surgiu a revista dos Annales, que hoje já se tem sessenta anos. No primeiro capitulo do livro o autor fala que antes de Bloch e Febvre, já houve uma tentativa de fazer uma nova história, mas que no final esse movimento não deu certo, mas que por volta de 1900 a história tradicional tornou-se alvo de intensos debates. Em seguida o autor fala como foi o movimento dos Annales na sua primeira geração, iniciando como foi a formação acadêmica de Febvre, destacando sua principal obra, fala também sobre Bloch, dizendo que sua especialização acadêmica era medievalismo, que teve muita influência de pensamento do Emile Durkheim e sua obra; o autor ainda destaca que Febvre se preocupava mais com a geografia e que Bloch mais com a sociologia.
“O compromisso de Bloch com a geografia era maior do que Febvre,embora seu compromisso com a sociologia fosse maior.Contudo,ambos estavam pensando de uma maneira interdisciplinar”(PP.18)
Nesse mesmo capitulo o autor fala sobre como foi a criação dos Annales, que teve a idéia inicialmente com Febvre mas que depois foi resgatada por Bloch, como foi o inicio da revista Annales, as criticas ao método da história, e por fim a nomeação de Braudel como responsável pela revista.
No terceiro capitulo o Peter Burke começa a falar sobre a segunda geração dos Annales com a liderança de Braudel, nesse capitulo ele fala sobre a formação acadêmica e artigos (obras) de Braudel, o seu trabalho na Universidade São Paulo e como conheceu Febvre no Brasil, a renovação do Annales com novos pensamentos de diferentes historiadores, a influência de Braudel para outras gerações e a sua contribuição para a história quantitativa. No capitulo seguinte o autor explica que no ano de 1968 o surgimento de uma terceira geração já se encontrava bem evidente, e com a morte de Braudel em 1985 a terceira geração acaba ficando sem ninguém para liderá-lo, por isso essa geração é difícil de traçar um perfil e ainda começa a fazer mudanças no modo econômico para superestrutura, nesse capitulo também se fala sobre a valorização da história do cultura e as criticas que a escola dos Annales sofreram já que se preocuparam com sociedade, economia e ocultavam á política, e aqueles historiadores que se preocupavam com a política estudavam apenas as políticas contemporâneas. No ultimo capitulo faz-se um perspectivo geral dos Annales, dizendo que os Annales já tinha aliados e simpatizantes fora da França e que foi graças a era Braudel que ela ficou conhecida por toda Europa, já que a tradução da revista facilitou muito para outros conhecerem seus ideais. Uma outra grande contribuição da revista foi a expansão de conceitos e métodos que eles analisaram durante vários períodos históricos e de varias regiões, outra coisa foi o interesse de outras matérias como geografia, sociologia e antropologia pela revista e também o autor frisa que a contribuição individual de Bloch, Febvre e Braudel ajudaram muito a revista para que se torna-se uma revolução da historiografia. Por fim, faz um glossário de termos usado pelos Annales e uma bibliografia de livros usados por ele e outros tipos de livros, e obras importantes dos autores dos Annales.
O autor teve como resultado de sua obra a trajetória que percorreu os Annales, deixando obvio que o sujeito que faz o conhecimento e/ou interfere na história e a interdisciplinaridade, outra coisa foi relatar a biografia de alguns personagens da história e suas respectivas obras e a influência que o Annales teve na “Nova História”.
Não estou satisfeito com os modelos de resenha que vem fazendo do livro de Burke, seus posicionamentos estão sendo esquecido, suas idéias suas dúvidas e anseios sobre o movimento. Tudo que vejo nas resenhas que lir até agora e não foram poucas especificamente 50 resenhas só hoje, apresentam apenas como descritiva, sei que Burke no livro descreve a trajtória do movimento, porém,não é apático aos acontecimentos.
ResponderExcluirConcordo com vc em parte, mas essa ficou boa, os acontecimento tem que ser citadas.
ResponderExcluirMão à obra
ResponderExcluirOs Angeles no estrangeiro
ExcluirA acolhida aos annales
ResponderExcluir